Cibersegurança: Como a tecnologia pode modernizar, otimizar e proteger

Proteger as infraestruturas essenciais ganhou um novo significado à medida que os ciberataques aumentam. A água não é exceção. Em 2022, o Governo dos EUA elegeu a água como uma das suas áreas de foco de infraestrutura essencial para aumentar as normas de segurança mínimas e, de forma semelhante, outros governos estão a aumentar as normas de cibersegurança.

O escrutínio nos serviços de águas surge juntamente com uma motivação para adotar tecnologias digitais de nova geração. Os operadores precisam de tecnologias e serviços digitais em que possam confiar.

Para Kenneth Crowther, Responsável de Segurança de Produto na Xylem, esta é uma oportunidade para que os serviços abracem os benefícios do digital ao mesmo tempo que fortalecem as proteções de segurança através de uma abordagem de responsabilidade partilhada que inclui fornecedores de tecnologia.

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À medida que desenvolvemos a tecnologia de nova geração, que empodera os trabalhadores dos serviços, uma das principais mensagens a fazer passar aos nossos clientes é que estes não estão sozinhos.

Na Xylem, esforçamo-nos por entregar soluções e serviços digitais com proteções de cibersegurança integradas. Mas também vamos mais além. Também trabalhamos com os serviços para perceber os riscos inerentes nos seus processos e depois tomar medidas para os ajudar a operar e a manter as suas soluções de forma segura.

Isto significa que, num sentido digital, a proteção não se limita apenas ao sensor no solo. O digital também abre o caminho para oportunidades adicionais, como a monitorização e controlo através de tecnologia baseada na nuvem.

Fazer uma abordagem mais interligada traz muitos benefícios, mas também traz uma necessidade crescente de garantir proteções de cibersegurança. 

Há um motivo para que o governo tenha começado a ficar mais preocupado com a cibersegurança em infraestruturas essenciais. Na última década, presenciámos ataques a sistemas vulneráveis que tiveram um impacto nas infraestruturas essenciais. A atenção focou-se maioritariamente no ramo da energia, do combustível e do gás, setores que tendem a estar mais interligados e centralmente controlados. 

A água é diferente. Nos EUA, por exemplo, em vez de um sistema relativamente interligado, temos mais de cem mil sistemas separados. Em vez de uma frente centralizada, temos um conjunto de organizações altamente distribuídas. 

Então, o que significa isto para os operadores do setor da água? Pode significar que precisamos de um novo modelo. A base deste novo modelo é interligada, uma tecnologia digital na qual os serviços criam eficiências e oportunidades operacionais para uma especialização em cibersegurança centralizada.

Legislação como o America’s Water Infrastructure Act of 2018 (AWIA) e suplementação do Sanitary Survey com questões de cibersegurança da U.S. Environmental Protection Agency (EPA) tiveram um papel fundamental para aumentar a consciencialização no setor. Mas resolver futuros desafios da água irá exigir uma mudança no modelo mental no sentido da responsabilidade partilhada que se adeque à posição e aos requisitos únicos do setor da água. 

Trabalhar em conjunto com o serviços para resolver os desafios

Os serviços podem fazer parcerias com os fornecedores de tecnologias para mudar para sistemas digitais geridos centralmente que são eficientes em termos de custos, fáceis de atualizar e transparentes.

Crucialmente, isto também significa que a responsabilidade da cibersegurança é partilhada. 

A modernização é uma oportunidade para melhorar as proteções de cibersegurança e abordar vulnerabilidades antigas, ao mesmo tempo que se ajuda a resolver prioridades estratégicas e problemas operacionais. Mas, de forma simples, os serviços podem resolver dois problemas ao mesmo tempo.

Podemos proteger os serviços que funcionam na nuvem com mecanismos de deteção, monitorização e detenção de ameaças. Podemos adicionar muitos serviços à infraestrutura na nuvem antes de ser necessário qualquer pessoal especializado adicional, graças à flexibilidade inerente permitida pela nuvem, tornando-a muito mais eficiente em termos de custos.

Se observarmos ataques históricos aos serviços de águas, uma parte considerável resumiu-se a dados de acesso roubados ou exploração de vulnerabilidades conhecidas. Frequentemente, quem fez o ataque tinha um nome de utilizador válido e uma palavra-chave para entrar. 

Por vezes podemos tornar este problema grande e complexo, mas não há necessidade de complicar demasiado a nossa resposta.

Se fortalecermos nos sítios certos e priorizarmos as coisas que realmente importam, podemos melhorar e até mesmo simplificar a cibersegurança.

A educação é uma enorme parte em tudo isto, mas o que acontece se algo corre mal? Se conseguirmos implementar um modelo de responsabilidade partilhada, um em que compreendamos a forma como tudo está interligado e como responder a um incidente, poderemos controlar para onde os dados estão a ir. Podemos gerir o acesso remoto, atualizar sistemas em segurança com o toque autorizado num botão e adicionar deteção de ameaças. Se ocorrerem erros, podemos ajudar a encontrá-los antes de se tornarem um problema de grandes dimensões. 

Enquanto fornecedores de soluções e serviços para a água, trabalhamos com outros especialistas do setor reunidos pela Cybersecurity and Infrastructure Agency (CISA) para criar e colaborar em práticas e proteções mínimas para a cibersegurança. Por agora, os serviços podem olhar para a segurança que têm implementada. A Xylem, por exemplo, oferece Serviços de Avaliação de Cibersegurança que envolvem análises especializadas de sistemas de Tecnologia Operacional no setor da água, com recomendações de correção aplicáveis para ajudar os serviços com a sua transformação e crescimento digital.

Mas também sonhamos um pouco mais além. As tecnologias digitais e a capacidade de atualizar sistemas para nos ajudar a resolver os desafios da água e a construir confiança ao mesmo tempo.

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