Empresa de água elimina sabor causado por algas com oxidação avançada
Uma empresa pública de água da Carolina do Sul estava recebendo centenas de reclamações por semana sobre o mau sabor da água após a proliferação de algas. O sistema de tratamento com oxidação avançada da Xylem eliminou os problemas de mau cheiro e sabor da água potável. O novo sistema também economiza 500.000 dólares por ano em consumíveis.
A tecnologia AOP está surgindo como uma nova prática recomendada no tratamento de água. Ela é especialmente atraente para as empresas públicas que enfrentam ameaças à qualidade de sua água de origem devido a problemas incômodos gerados por algas, que provocam mau cheiro e sabor.
A Anderson Regional Joint Water System (ARJWS), um atacadista que fornece água potável a 14 empresas públicas do norte do estado da Carolina do Sul, recentemente enfrentou um problema considerável de relações públicas devido a reclamações por mau cheiro e sabor da água potável.
A ARJWS recebeu várias reclamações sobre o mau sabor e o cheiro da água quando sua fonte, o lago Harwell, começou a ter problemas com algas em 2013. As algas azuis, ou cianobactérias, produzem os compostos atóxicos geosmina e 2-metilisoborneol (MIB), que eram a causa do mau sabor da água.
Tratamentos algicidas no lago sem êxito
O pessoal da ARJWS tentou várias soluções para o tratamento no lago, como o uso de algicidas a base de cobre ou peróxido. O acréscimo de carvão ativado em pó (PAC) e dióxido de cloro na estação de tratamento para adsorver e oxidar os compostos desagradáveis não teve os resultados desejados devido à alta concentração dos compostos gerados pelas algas. Então, o lago Hartwell teve uma proliferação ainda maior em 2014, prolongando os problemas para a ARJWS.
Como esses métodos não tiveram sucesso, a ARJWS ordenou à sua consultora de engenharia, a Goodwyn, Mills e Cawood (GMC) que investigasse uma atualização do sistema de tratamento para eliminar os problemas sazonais de sabor e cheiro, remover a cor associada com ferro e manganês de origem natural e estabelecer resiliência contra os compostos ligados às algas e outros possíveis contaminantes.
Solução de tratamento com oxidação avançada da Xylem
Através de sua representante Premier Water, a Xylem Inc. fez uma parceria com a GMC em 2016 para dar início ao processo em várias fases e determinar a opção de tratamento mais viável em termos de objetivos, custo do ciclo de vida e custo total de propriedade.
Com base na natureza dos contaminantes, a Xylem projetou e realizou um estudo de tratabilidade com ozônio e dois outros processos de oxidação avançada: ozônio/peróxido de hidrogênio e ozônio/luz ultravioleta.
Os resultados do estudo indicaram que usar somente ozônio seria suficiente para a maioria das condições de operação e forneceria o menor custo do ciclo de vida com base em uma avaliação de 20 anos. No entanto, a análise detalhada da opção de acrescentar peróxido de hidrogênio ao ozônio demonstrou que, embora o ciclo do custo de vida seria ligeiramente mais alto, a despesa de capital da ARJWS seria reduzida com o uso de uma bacia menor de contator de ozônio.
Além disso, foi demonstrado que o processo de oxidação avançada (AOP) com ozônio era a opção mais viável em geral, porque proporciona flexibilidade operacional e uma barreira de AOP adicional quando necessário.
A expertise da Xylem em soluções de tratamento de água, a diligência da equipe Wedeco e sua capacidade de cumprir o apertado prazo definido para a primavera de 2018 pelo pessoal da ARJWS fizeram da Xylem uma parceira excelente para o projeto. Além de fornecer o sistema completo, a Xylem também garantiu a otimização do projeto geral da estação juntamente com o processo de fabricação do equipamento.
Sistema de AOP com oxônio elimina 99,9% dos compostos produzidos por algas
Nos primeiros seis meses de operação, as concentrações de MIB e geosmina no lago Hartwell foram consideravelmente reduzidas em comparação com os anos anteriores, mas ainda estavam a um nível detectável por seres humanos. No início da temporada de proliferação das algas, o sistema de AOP com ozônio eliminou 99,9% de MIB/geosmina entrantes, o que teve como resultado valores não detectáveis na saída. A cor manteve-se clara com a crescente remoção de ferro e manganês.
A eficácia do processo de pré-oxidação está proporcionando uma eficiência operacional considerável à clarificação e ao sistema Leopold Filterworx da Xylem. Além disso, os níveis de trialometanos (THM) foram reduzidos em mais de 50% devido ao tratamento com ozônio e o uso reduzido de cloro.
As taxas médias de remoção do carbono orgânico total (TOC) aumentaram de 35–40% para 60–65%, reduzindo a presença de compostos orgânicos na água acabada, o que também ajuda a reduzir a formação de subprodutos de desinfecção após o tratamento.
Empresa pública economiza 500.000 dólares por ano em consumíveis
Como o PAC já não está mais sendo usado, a estação está economizando mais de 500.000 dólares por ano em consumíveis, além de muitas horas de operação e manutenção.
“Estávamos sempre superando nosso orçamento anual de 125.000 dólares para a remoção de sólidos em nossas lagoas com o uso do PAC, o que também estava diminuindo a capacidade disponível nas lagoas”, explica Jennifer Barrington, engenheira de sistema da ARJWS. “Essa mesma verba agora permite que a estação remova quase o dobro dos sólidos produzidos anualmente.”
A cloração inicial para manter os filtros limpos não é mais necessária, reduzindo o uso geral de cloro em 50%. Isto resulta em uma economia de aproximadamente 40.000 ou 50.000 dólares anualmente e espera-se que aumente a vida útil geral do sistema de cloro.
Desde que a nova estação de tratamento entrou em operação, a ARJWS não recebeu nenhuma reclamação de seus 200.000 clientes sobre a água, de acordo com Scott Willett, diretor executivo da ARJWS.